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sábado, 1 de setembro de 2007

Cidadania e Democracia




CIDADANIA E DEMOCRACIA


Muitas coisas podem ser feitas a partir de nossa iniciativa, mas a mais importante é aquela que se torna realidade, a que se torna ação cidadã, ação libertadora e democratizadora. Esta é a que faz a diferença e transforma o Brasil em um país mais justo e o mundo em um mundo melhor.Existem momentos na história de um país, de uma sociedade ou mesmo de um grupo, em que uma determinada idéia ou um conceito ganham uma enorme força. É como se, de repente, todo mundo compartilhasse de uma mesma visão de mundo, de um desejo coletivo comum. Nestes momentos, algumas palavras passam a ser usadas com grande freqüência e, muitas vezes, passamos a repeti-las sem ter certeza exata do que estamos falando. Acredito que isto esteja acontecendo mais e mais com as palavras "democracia" e "cidadania". E isto, por si só, já é muito bom. Mas, é melhor ainda se tivermos a preocupação de ampliar a compreensão sobre o que falamos e, principalmente, se soubermos que implicações estas idéias devem ter sobre a nossa vida, sobre a nossa prática política e social.
Democracia
Para falar de cidadania é preciso, primeiro falar um pouco sobre democracia. Vamos ver que uma está intimamente vinculada à outra.Existem definições de democracia elaboradas por estudiosos, professores ou militantes. Algumas ressaltam mais o aspecto filosófico, outras os elementos práticos ou formais. Em comum, elas indicam que o "eixo central da democracia é a idéia de soberania popular, a afirmação de que a ordem política é produzida pela ação humana". Esta é uma idéia absolutamente fundamental.A concepção democrática da sociedade rompe radicalmente com esta visão e afirma que a ordem política, econômica e social é fruto de um processo histórico conduzido por homens e mulheres. Somos nós que construímos uma sociedade justa ou que aceitamos ser parte de uma sociedade injusta e desigual.Em resumo, a democracia pode ser entendida como uma forma de organização da sociedade baseada em princípios éticos de liberdade, igualdade, diversidade, solidariedade e participação. Portanto, democracia é a um só tempo um projeto e um desejo, uma utopia que se amplia na medida em que vira realidade. É um processo e uma visão de mundo. Mas não é obra do acaso. Ela supõe a criação e o fortalecimento de um sujeito político, coletivo, que engloba homens e mulheres em seu papel de construtores da sociedade: esta poderosa força social é a cidadania.
Cidadania
A democracia, a ordem inclusiva e acolhedora do diferente, marcada por justiça social e participação, é um rumo, uma opção, uma escolha.Definido o rumo, vamos pensar na gente que caminha. Afinal, cada época, cada processo histórico, cada forma específica de organização social , econômica e política cria e é criada por atores sociais, ou sujeitos históricos particulares, específicos, próprios. Os principais atores da democracia são o cidadão e a cidadã. Articulados em torno de um projeto de sociedade, de um conjunto de valores éticos, defendendo a constituição de direitos, assumindo e fazendo cumprir deveres para com o bem comum, formam a cidadania: a força da democracia.Mas, a constituição da cidadania é, também, um processo que se realiza na história. Assim sendo, traz as marcas do seu tempo, das limitações e das possibilidades inscritas nesta realidade, que mistura as mais diversas heranças e está sob o impacto constante de forças e interesses contraditórios e complexos. Justamente por isto, é preciso ter em mente que somos parte de um processo que nos envolve e nos transcende, mas cujo desfecho não está determinado. Nossa ação, nossas escolhas, nossa atuação contribui para definir o rumo da história e o destino do país.Estas afirmações devem nos levar a compreender a necessidade de envolvimento com a ação solidária, com a ação política que transforma as utopias em realidade. Não podemos ser simples eleitores, participar ocasionalmente do "mercado político". Temos que, na nossa casa, na escola, no grupo da nossa igreja, incentivar e participar do debate sobre o país que queremos. A partir daí, é preciso é preciso identificar perto de nós as iniciativas que devem ser tomadas para isto. Podemos desenvolver ações locais de solidariedade e ajuda social; podemos organizar debates e palestras; podemos pesquisar a realidade de nosso país, saber como vivem e quais os desafios que enfrentam nossos vizinhos; as pessoas do nosso bairro e, com elas, propor ações visando melhorar as condições de vida.
Moema Valarelli

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